
Um copo de Guarapiranga: 15 formas de beber d'água urbana: Publicação feita para a disciplina "Estúdio Vertical" da Instituição de Ensino Escola da Cidade. Com Maria Peccioli e Ana Clara Alcoforado. 2022









Como experiências performativas imersivas podem contribuir para mudanças paradigmáticas nos nossos modos de viver? Qual a dimensão política dessas ações? Como compartilhar a potência dessas experiências, que surge da relação entre corpo, paisagem, água e tempo? O estudo trazia como questão central os danos, impactos e sensações geradas pelos resíduos encontrados na água da Praia do Sol. Em fala da Sabesp: “As estações de tratamento de água funcionam como verdadeiras fábricas para produzir água potável.”
Entendendo a complexidade dos métodos que envolvem o tratamento das águas e a ausência de políticas públicas, não buscamos apenas soluções técnicas. Nos apropriando dos conceitos de ambiência, imaginário coletivo e águas visiveis e invisiveis entendemos o nosso estudo como meio de ativar reflexões. O caráter lúdico e especulativo das alternativas propostas partiram da percepção de que a praia do sol tem vida e é frequentada diariamente por pessoas de diferentes lugares e modos de vida. Independente do conhecimento especialista a respeito da qualidade da água apresentados anteriormente, nossa imersão coletiva na praia do sol, abriu caminhos para construção de novos imaginários e possibilidades de apropriação do espaço.
Nesta proposta, nos lançamos no campo da memória objetificada, explorando o imaginário coletivo e os afetos. Buscando alternativas que nos possibilitasse trabalhar diretamente com a água da Praia do Sol, almejamos não apenas mergulhar no lugar de intervenção, mas também questionar àqueles que lá frequentam: como beber d’água urbana?